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Frente Parlamentar atualiza projetos e iniciativas voltadas à produção do hidrogênio renovável

Dezenas de representantes do governo, universidade e entidades participação do 2º encontro do grupo de trabalho coordenado pela deputada Maria Victoria (PP).

 

Representantes do governo do Estado, setor produtivo, universidades, empresas de combustível, institutos e de entidades civis organizadas trouxeram à Assembleia Legislativa do Paraná as demandas e atualizações sobre projetos, iniciativas e pesquisas no Paraná referentes à produção da energia renovável.

A 2ª reunião da Frente Parlamentar do Hidrogênio Renovável, coordenada pela deputada estadual Maria Victoria (PP), contou ainda com palestra detalhando o Plano Estadual de Hidrogênio Renovável e também sobre as Rotas Estratégicas do Hidrogênio Renovável.

“Nós saímos na frente com uma aprovação em tempo recorde aqui na Assembleia da Política Estadual do Hidrogênio Renovável. Temos que aproveitar esse bom momento que o Paraná tem e todas as fontes de energia disponíveis para que sejamos o primeiro Estado do Brasil em produção de hidrogênio renovável. Isso fortalece a nossa economia. E a Frente Parlamentar serve justamente para estarmos sempre entrosados e atualizados junto ao governo, secretarias, sociedade civil organizada, aqui representada por vários órgãos que contribuíram, inclusive, com o processo da lei e que precisam trabalhar em conjunto para que o Paraná possa de fato ser protagonista do Brasil em energia renovável”, declarou a deputada Maria Victoria (PP).

O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, definiu o tema como uma agenda palpitante, de futuro na qual o Paraná pode liderar, tanto no Brasil como no mundo. “O Paraná tem uma tradição em energias inováveis. Se fosse um país, estaríamos na liderança de produção de energia limpa no mundo. Pois grande parte da nossa matriz energética é proveniente das grandes hidrelétricas. Nós já fizemos a transição energética, mas o mundo corre atrás dessa possibilidade de sair da produção de energia de carvão e petróleo para as energias renováveis. O Paraná fez uma escolha, a produção de hidrogênio renovável através de biogás. Usando os rejeitos da avicultura, psicultura e outras biomassas para transformar isso em hidrogênio e ativo econômico”, explicou.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), José Alberto Pereira Ribeiro, explanou sobre as Rotas Estratégicas do Hidrogênio Renováveis. Ele definiu o encontro como fundamental para aprofundar o tema com as comissões envolvidas e entidades. “Nossa participação hoje, em primeiro lugar, é ratificar essas parcerias e mostrar a necessidade para a necessidade que temos de hidrogênio a curto, médio e longo prazo. Ele vai ter mais protagonismo que hoje. Vemos o governo fazendo seu papel, o legislativo também e vejo que aqui é o lugar para discutirmos mais profundamente esses assuntos”.

O consultor de Energias Renováveis da Secretaria do Planejamento, Rodrigo Régis, detalhou o Plano Estadual de Hidrogênio Renovável e destacou que antes de se olhar as potencialidades de produção, é importante analisar as demandas no Estado. “Nós podemos gerar quase 69 mil toneladas de hidrogênio por ano e isso geraria um impacto muito positivo em relação ao emprego e renda do Estado. Quando a gente olha as potencialidades de oferta, o Paraná dá um show pela sua matriz energética, que já é renovável, com as hidroelétricas, como também seu potencial solar. Hoje é o segundo Estado que mais gera energia renovável no campo. E, por fim, a biomassa. Os números mostram que a transição energética vai ser dominada pela biomassa. E o Paraná tem um grande potencial nisso, principalmente dentro do agronegócio”.

O deputado Gugu Bueno (PSD) salientou que um é tema primordial para o Paraná e principalmente para região Oeste, por ser uma forma de impulsionar o desenvolvimento e de resolver um passivo ambiental.

Para o deputado Fabio Oliveira (PODE) o debate é importante e oportuno, num momento que se discute o transporte no estado, em relação ao pedágio. “Temos de pensar em ferramentas para tirar as cargas dos caminhões e o hidrogênio pode ser alternativa para as ferrovias, hidrovias”.

CEO na IR Consultoria e Organizadora do Livro Energia Limpa, Irini Tsouroutsoglou reforçou que o trabalho de transição é importante para mitigar as mudanças climáticas. “É uma pauta que reverbera em todo o país e é uma questão global Cada vez mais necessária a participação sociedade civil organizada e a articulação de poderes. Bato palma para o Paraná, pela sinergia com que vem fazendo este trabalho tão positivo. Não vemos essa conexão em outros estados.”

“Hoje o lobby da energia fóssil é o maior desafio. O Brasil tem de ser o protagonista e o Paraná também, pois têm todas as condições para isso. E essa Casa legislativa tem feito esse trabalho com maestria. Não é só uma molécula de combustível é a esperança de um país melhor”, definiu o CEO da Potencial Petróleo, Carlos Eduardo Hammerschmidt, que defendeu também uma abordagem sobre um planejamento tributário competitivo para o setor.

O pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPR, professor Helton José Alves, falou do trabalho de mais de uma década de dedicação da entidade no estudo da produção de hidrogênio através da biomassa, mostrando a evolução da maturidade tecnológica dessa rota, que tem o DNA paranaense. “Quero destacar importância formação de recursos humanos, para dar sustentação a essa indústria, que está atrelada à implantação de centros de pesquisa e laboratórios especializados”.

O vereador de Curitiba Mario Bobato falou da importância de se compreender a cadeia produtiva, com a participação da academia e da iniciativa privada. Já a diretora do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Simone Campos, citou a certificação de projetos sobre o tema.

“Nossa contribuição na Secretaria da Agricultura é de que a gente tenha muito biogás no estado”, disse o coordenador do programa RenovaPR, Herlon Goelzer de Almeida, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).

O administrador Regional Raphael Keiji Assahid representou a prefeitura de Curitiba e citou que a administração municipal é entusiasta do tema, com a implantação de programas voltados à energia sustentável.

Gerente de pesquisa e inovação da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Gustavo Rafael Collere Possetti, reforçou que a transição energética está na pauta de programas efetivos da empresa.

Membro da Diretoria de Novos Negócios da Copel, Gustavo Ortigada enumerou iniciativas da empresa sobre o tema, como a promoção de discussões de leis e planos estratégicos de biogás e biometano. “Também nos programas de inovação da companhia, além do teste na primeira planta de bioenergia para estudos da empresa, além de atuar com negócios no tema hidrogênio”, citou, entre outros projetos.

Legislação

O Paraná conta hoje com uma das legislações mais avançadas no setor. A Política Estadual do Hidrogênio Renovável (Lei n° 21.454/2023) foi proposta pelos deputados Maria Victoria, Alexandre Curi (PSD) e Luis Corti (PSB). O texto teve contribuições do professor Helton Alves da Universidade Federal; do setor produtivo e do Governo do Estado.

Frente

A Frente é formada pelos deputados Maria Victoria (coordenadora), Alexandre Curi (PSD), Alisson Wandscheer (Solidariedade), Cloara Pinheiro (PSD), Do Carmo (União), Fábio Oliveira (Podemos), Luis Corti (PSB), Delegado Jacovós (PL), Flávia Francischini (União), Luiz Fernando Guerra (União) e Matheus Vermelho (PP).

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do Paraná

Créditos: Orlando Kissner/Alep

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